Bimini é uma ilha bahamense a bem dizer vizinha dos Estados Unidos. Localizada a apenas 50 milhas da costa da Flórida, a ilhota é conhecida por ostentar um mar degradê em cinquenta tons de azul, o qual encantou o premiado escritor norte-americano, Ernest Hemingway, que acabou residindo lá por dois anos.
Em termos de história, Bimini também tem sua relevância. Por volta de 1500s, o explorador Ponce de León desbravou o local à procura da fonte da juventude. Atualmente, os nativos afirmam que um poço localizado na rua que leva ao aeroporto (Bimini Sul) é a tal fonte da juventude.
— Ó céus, porque só fiquei em Bimini Norte? (risos).
Dr. Martin Luther King, Jr. visitou a ilha em 1968 e compôs porções do seu discurso para aceitação do prêmio Nobel da Paz. A Bimini Road, reza a lenda, possui remanescentes de Atlantis, a cidade perdida e o S.S. Sapona, navio de carga que naufragou em 1926 devido a um furacão, possui partes dele facilmente visível acima da água, no final da ilha norte (área onde o mar é mais turquesa do que nunca!).
Bimini apresenta muita rusticidade. Sua população é composta de um povo simples, simpático e que não tem muita pressa. E quem a teria, sabendo que um mar azul daqueles está logo ali? Do lado norte (Alice Town) ficam as casas dos habitantes, além do banco, farmácia, mercado e escolas. Saindo da rua principal, subindo as ladeiras à direita estão os barzinhos locais, os quais servem a salada de conchas, prato típico da região. Para o outro lado (Paradise Beach), chalés mais sofisticados, iates e o Hilton Resort, hotel incluso no passeio, no qual podemos passar o dia, desfrutar das piscinas e almoçar – ressalto que despesas com alimentação, bebidas e alugueis de guarda-sóis ou jet skis são de nossa responsabilidade.
Dentre os motivos que considero Bimini um lugar para visitar está a proximidade com a Flórida e as nuances de azul que o mar da ilheta apresenta. Por estar nas adjacências de Miami, conhecer a ilha torna-se uma atividade diferente para quem já veio a Flórida diversas vezes. Acaba sendo também uma maneira de ir até as Bahamas, caso o orçamento para um cruzeiro maior esteja apertado. Quanto à cor do oceano, ainda não havia presenciado tamanho presente da natureza. Não posso deixar de incluir, que o fato de pisar em um outro país, em apenas poucas horas, aguça ainda mais a curiosidade.
Como ir de Miami para Bimini
A primeira providência a ser tomada é entrar em contato com a Mover Experience, agência de turismo especializada em cruzeiros (inclusive Disney Cruise). O enorme benefício está na possibilidade de tirarmos todas as dúvidas e receber dicas detalhadas em português – os donos são brasileiros. Todas as orientações dadas pela equipe da Mover Experience foram de extrema importância e fizemos muito bom uso delas!
O primeiro conselho considerável é checar o clima. Não adianta ir a um lugar como Bimini e passar o dia na chuva. Até porque, o percurso entre Paradise Beach a Alice Town é feito em carrinhos de golf – alugados por nós ($50 – cerca de R$200 para 4 pessoas). Esse meio de transporte, extremamente comum por lá, foi outra instrução dada pela agência a qual segui e não me arrependi. Destaco que o hotel Hilton oferece um shuttle gratuito para Paradise Beach, mas reconheço que ter a independência de explorar o local com liberdade foi muito melhor!
Vista do último andar do Hilton/Mila Soares
Escolhida a estação mais adequada (ouvi dizer que perto de junho, o mar fica mais lindo ainda) e tendo anotado no caderninho todas as recomendações do time da Mover, é hora de embarcar!
- Imprima os vouchers para evitar qualquer contratempo, como falta de internet;
- Cada passageiro tem direito a uma bagagem de mão – deixe uma mochila arrumada com os passaportes, troca de roupas, protetor, óculos e lanchinhos, caso esteja viajando com crianças;
- Programe o alarme para bem cedo! O check-in no terminal do porto de Miami começa às 7h da manhã e o trânsito de Miami é bem carregado. O barco sai às 9h e os portões fecham às 8h;
- Se estiver de carro alugado, há estacionamento no porto. Pagamos $8 o dia.
O ticket informa o portão de embarque. O meu terminal foi o E, um terminal menor do que o de navios para cruzeiros, no entanto fique atento à mudanças.
→ Importante adicionar que brasileiros não precisam de visto para entrar em Bimini. Porém precisam do passaporte com visto americano válido, a fim de que a saída e entrada nos Estados Unidos seja permitida. Agentes de imigração irão certamente conferir seu visa, da mesma maneira feita no aeroporto. A vacina contra febre amarela somente é necessária para os passageiros que irão pernoitar.
Detalhes do barco
O ferry é um catamarã moderno de alta velocidade que comporta 400 passageiros. Ele tem dois andares, onde o primeiro leva a tripulação da classe executiva e o segundo, da classe econômica. Os assentos não são marcados, mas são confortáveis e largos.
Há uma pequena lanchonete com croissants, burritos, muffins e bebidinhas, que podem ser comprados caso você decida viajar na classe econômica. Todavia, quem opta pela classe executiva tem direito a dois itens na ida e dois na volta. Uma outra vantagem desta classe é embarcar e desembarcar com preferência.
Passaporte/Mila Soares Cabine Executiva/Mila Soares
Geralmente, o trajeto é tranquilo. Contudo, o mar pode estar menos calmo no dia da sua viagem e acaso você tenha náuseas neste tipo de passeio, aconselho tomar uma medicação própria para tal (consulte seu médico antes). Inclusive, pílulas contra enjoo são oferecidas na entrada do barco. É de extrema importância tomá-las 1h antes da viagem dar início – seja na ida, ou na volta.
Chegando em Bimini
A tonalidade turquesa do mar avisa que chegamos! Ao descer do barco, pegamos um trenzinho que nos leva para o hotel. Mas antes, há uma parada rápida na área dos carrinhos de golf. É neste momento que você salta do trenzinho e muda para o carrinho de golf. Daqui em diante, você estará por sua conta, mas fique tranquilo! Só há uma rua principal (Alice Town a Paradise Beach), a Queens Highway, o veículo é fácil de dirigir e tem gasolina para dias. O único detalhe é que a mão é inglesa, por isso preste atenção nas trocas de faixa.
Praia logo na entrada/Mila Soares Passarela do embarque e desembarque/Mila Soares
Com a minha experiência, o roteiro que indico é:
- Após aluguel do carrinho de golf, siga para o hotel e almoce;
- Dirija em direção a Alice Town e vá até o final da rua para encontrar o navio naufragado. Lembrando que é aqui que o mar é mais azul e mais calmo. Tire fotos e relaxe!
- Na volta vá conhecendo um pouco da região, que apesar de bem simples, é curiosa de vivenciar;
- De repente passe pela Radio Beach, onde encontrei um balanço de corda;
- Vá até Paradise Beach para conhecer. Lá há um restaurante e aluguel de jet ski;
- Eu não experimentei, mas há também encontros com tubarões e arraias;
- Volte para o Hilton e aproveite as piscinas, especialmente a do andar superior, que é horizonte infinito. Esta só para adultos;
- Perto de 17:30h fique atento para o retorno ao barco e volta para Miami.
Radio Beach/Mila Soares Radio Beach/Mila Soares
Piscina para adultos do Hilton/Mila Soares Piscina horizonte infinito/Mila Soares
O regresso é fácil. O trenzinho que te trouxe para os carrinhos de golf ou para o Hilton, te traz de volta para o barco. Há uma simples checagem de passaportes, segurança e pronto. Relembro aqui a pílula para ser tomada 1h antes, no caso de enjoos. Achei o interior bem frio no retorno, por isso leve um agasalho.
A imigração no porto de Miami é mais detalhada. Esteja com o visto e documentação em dia!
A Mover Experience cuida de você e da sua família com todo carinho! Eles fazem o pós-venda também. Qualquer inconveniência ou dúvida pode ser resolvida por WhatsApp e, na minha opinião, um tratamento com atenção é essencial para mantermos a nossa tranquilidade e realizarmos uma viagem interessante e divertida.
Já quero voltar em junho!
Mover Experience