Queen Elsa (Idina Menzel) encontra-se entre a cruz e a espada em “Frozen 2”. Após os eventos do primeiro filme (“Frozen”), ela se restabeleceu como a rainha de Arendelle e sua vida resume-se a cuidar de seu povo, bem como observar Anna (Kristen Bell) desfrutar de seu namoro com Kristoff (Jonathan Groff), sempre na presença de Sven e o boneco de neve Olaf (Josh Gad). No entanto, parece que ela não está completamente contente com seu papel. Até que um dia uma voz, a qual só ela escuta, começa a chamá-la. Um canto que parece existir no vento. Algo desconhecido que a faz ter vontade de mergulhar “Into the Unknown”, hino da sequência e, que embora cativante, não se compare ao do filme original – “Let it Go”.

Courtesy of Disney

Enquanto a voz continua a fasciná-la, Arendelle é ameaçada pelos espíritos da floresta encantada. Esta revelada pelo pai das irmãs em uma história para dormir, enquanto ainda elas eram crianças. Cabe a Elsa e Anna, então, encontrar o motivo pelo qual sua terra natal está sendo destruída. O mistério que se segue tem laços com os pais delas. Na realidade, mais do que isso. O enredo envolve uma série de revelações que perturbam a visão de mundo das irmãs. Talvez a Arendelle harmoniosa que elas lutaram tanto para proteger não mereça tal estima. Talvez as duas precisem visitar o passado para entender a razão da futura provável devastação da cidade.

O filme aborda identidade e aceitação. Enquanto “Frozen” contou a história de Elsa tomada por medo e o desejo de esconder seus poderes, “Frozen 2” revela Elsa em reconciliação com ela mesma, ao aceitar que possui a fantástica capacidade para congelar a atmosfera ao seu redor. O sentido de todo esse poder e o porquê dele existir também é discutido no desenrolar da trama. Simultaneamente a importância da irmandade é exibida, da mesma forma que a explicação de que poderes não são apenas raios e gelos que saem das mãos em um piscar de olhos. A persistência e a coragem também são atributos que merecem ser igualmente exaltados e a dupla salientou os dois com louvor!

Contudo, há alguma incoerência que não consegui desvendar em relação ao colonialismo e espíritos da floresta encantada – assuntos apresentados durante o entrecho e particularmente eu “Let it Go” (deixei para lá) – risos.

Courtesy of Disney

Embora tenha achado o filme mais maduro e, de certa forma, até sombrio, soltei algumas gargalhadas graças a Olaf. Ah! Não posso deixar de mencionar que o figurino das meninas está um arraso – com troca de roupas e cabelos ao vento!

Nos cinemas brasileiros dia 2 de janeiro de 2020.