Passaram-se 14 anos para que “Os Incríveis 2” Disney/Pixar fosse lançado. Porém não se preocupem, pois a sequência segue exatamente os eventos do filme original com a família Pêra (Parr) tentando viver uma vida normal, após anos dedicando seus superpoderes à proteção do mundo. Helena – mãe (voz de Holly Hunter), Beto – pai (Craig T. Nelson), Violeta, filha (Sarah Vowell), Flecha, filho (Huckleberry Milner) e o bebê Zezé (Eli Fucile) vivem pacatamente no subúrbio, mas não escondem uma certa nostalgia dos tempos em que a tarefa principal do clã era combater o mal.
No entanto, esse dia a dia sossegado termina quando o vilão Underminer passa a tocar terror na cidade, deixando os Pêras em polvorosa. Desta vez, Helena, vulgo Sra. Incrível, é o centro das atenções ao ser convocada a liderar uma campanha que traz os Supers de volta.
Courtesy of Pixar
O enredo apresenta claramente os poderes de cada membro da família, em especial o da mulher ao exibir habilidades fora do comum. Um tema atual ponderado pelo diretor Brad Bird, em entrevista dada na première do filme em Los Angeles.
“Pais são sempre vistos como fortes, então o fiz super forte. Mães são puxadas em diferentes direções de uma vez só, então a criei para ser elástica. Adolescentes são inseguros e vivem na defensiva, então criei Violeta com o poder de ser invisível. Um garoto de 10 anos é cheio de energia e bebês são seres que podem ou não ter poderes”.
Helena dar piruetas, pinta o sete e para trem em fuga impedindo-o de causar estragos, graças ao seu pensamento rápido e braços elásticos. Porém, não estará sozinha. O magnata das telecomunicações Winston Deavor (Bob Odenkirk) tem certeza que agora é o momento de trazer Os Incríveis de volta.
Courtesy of Pixar
Enquanto a heroína começa a luta contra a maldade, o pai está em casa lidando com os afazeres domésticos e os problemas comuns da adolescência, além de um filho levado e um bebê que exibe diversos superpoderes – nada diferente do que um bebê exige por 24h e, olha, que falo de carteirinha – o que não necessariamente seria enfrentar o mal, mas, certamente, organizar as tarefas do lar exige muito mais do que força; demanda um psicológico para ninguém botar defeito.
Visivelmente os príncipes encantados foram aposentados e os heróis ficaram no âmbito da imaginação. Vida real é o que importa! O que não deixa de ser um outro tópico do filme ao trazer Screen Slaver, vilão que usa hipnose através dos seus olhos representando telas. Afinal, não é este o nosso mundo da moda?
O filme exibe uma grande sequência de ação, humor e o talento de atrizes como Holly Hunter ao dar vida à voz de Helena. Entretanto, acima de tudo, mostra que todos os papéis na vida familiar são importantes e complementares.
Nos cinemas dia 28 de junho!